terça-feira

Reflexão

População mundial já consome 50% mais recursos naturais que a capacidade do planeta.

 

A população mundial está consumindo 50% mais recursos naturais do que o planeta pode oferecer. Segundo o Relatório Planeta Vivo, divulgado nesta terça-feira (15), pela rede ambiental WWF, o crescimento da população e o consumo excessivo são os maiores responsáveis pela pressão sobre o meio ambiente. O Brasil está acima da média mundial na relação entre a demanda e a capacidade de regeneração do ambiente [...]


Brasília (DF): População mundial já consome 50% mais recursos naturais que a capacidade do planeta;

 

 

A população mundial está consumindo 50% mais recursos naturais do que o planeta pode oferecer. Segundo o Relatório Planeta Vivo, divulgado nesta terça-feira (15), pela rede ambiental WWF, o crescimento da população e o consumo excessivo são os maiores responsáveis pela pressão sobre o meio ambiente. O Brasil está acima da média mundial na relação entre a demanda e a capacidade de regeneração do ambiente.
Segundo o documento, todas as economias emergentes do Brics – grupo que compreende o Brasil, a Rússia, Índia, China e África do Sul – aumentaram o consumo per capita de recursos naturais. A elevação ficou em 65% nos últimos 50 anos. No caso brasileiro, a agricultura e a pecuária foram as atividades que responderam por dois terços do consumo medido, seguidas pela pesca, emissão de carbono, uso florestal e áreas construídas em cidades.
“Temos a maior área para pecuária e uma das menos produtivas. Enquanto a pegada ecológica [índice de consumo] da atividade no Brasil tem taxa de 0,95, na Argentina, o índice é 0,62 e a média mundial, 0,21. Na agricultura, o problema está voltado para outras questões, como o grande volume de consumo de água nas lavouras”, explicou a secretária-geral da WWF-Brasil, Maria Cecília Wey de Brito.
Para ela, o Brasil precisa se posicionar sobre questões polêmicas, como o Código Florestal, para continuar exercendo papel importante na reversão desses cenários e ser visto como modelo durante a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20.
“O Brasil pode perder credibilidade no debate sobre conservação se a presidenta Dilma [Rousseff] vetar parcialmente ou aprovar o texto. A presidenta precisa identificar que a pegada ecológica no país está na agropecuária e o debate é em torno de uma visão retrógrada, diante de tudo que já sabemos”, observou Maria Cecília.
Para os técnicos do WWF, o veto total, considerado “uma ação de responsabilidade”, terá melhor impacto para o Brasil na conferência internacional, do que os resultados sobre redução do desmatamento. “O que fica mal para o Brasil [na Rio+20] é não dar garantia de leis. Você vai investir em um país que não cumpre suas regras e dá anistia a quem cometeu crimes ambientais?”.
O Relatório Planeta Vivo, divulgado hoje (15) em vários países, mediu as mudanças dos ecossistemas em 9 mil populações. Segundo o documento, a biodiversidade continua apresentando declínio, principalmente nas regiões tropicais. Os países de maior renda, como o Catar, Kwait, os Emirados Árabes e Estados Unidos, consomem, em média, três vezes mais recursos naturais do que os países de menor renda. Apesar disso, foi nos países de renda mais baixa que o declínio da biodiversidade foi maior. “O que demonstra como as nações mais pobres e mais vulneráveis subsidiam o estilo de vida dos mais ricos”, destacou a WWF no relatório.


segunda-feira

Fim das Áreas de Preservação Permanente (APPs) nos rios intermitentes

Fim das Áreas de Preservação Permanente (APP's) nos rios interminentes ... Como Será o futuro dos nossos rios ?


Exemplo de um rio intermitente - Piauí

Comissão tira proteção de rios intermitentes


BRASÍLIA - A comissão especial do Congresso que analisa a medida provisória do Código Florestal aprovou nesta quarta-feira, 8, uma emenda que poderá comprometer para sempre todas as bacias hidrográficas brasileiras. Por 15 votos a 12, a comissão decidiu que só serão resguardados por Área de Proteção Permanente (APP) os rios perenes. Os intermitentes poderão virar pasto, roça e estrada.

Entre os rios que poderão perder a proteção está até o Jaguaribe, em cujos leitos se encontram os Açudes do Castanhão e de Orós, no Ceará. Há épocas do ano em que o Jaguaribe seca.

Pelas contas do senador Jorge Viana (PT-AC), 50% dos rios brasileiros serão atingidos. Segundo o Ministério do Meio Ambiente, 80% dos rios do Piauí são intermitentes e no Distrito Federal, 70%. "Os rios intermitentes é que mandam a água para os perenes. Sem eles, todas as bacias hidrológicas ficarão comprometidas", afirmou Viana.

"Um rio que seca parte do ano, se não estiver protegido, com o tempo pode não voltar mais. Uma decisão dessas está no fundo sacrificando rios e, em última instância, sacrificando o fornecimento de água", disse Ana Cristina Barros, da ONG TNC, que trabalha com projetos de plantio em margens de rios para garantir a produção de água.

A emenda que tirou a proteção dos rios intermitentes foi apresentada pelo deputado Abelardo Lupion (DEM-PR). Segundo ele, o objetivo foi dar "maior clareza à lei e buscar um tratamento isonômico com os olhos d’água perenes". Para Viana, não sobrarão nem os igarapés da Amazônia, que em determinadas épocas do ano são gigantescos braços de água e em outros secam. CONTINUA!

Governo interrompe diálogo com ruralistas


O Governo disse que não mais votar por agora a medida provisória que altera o Código Florestal. Comissão do Congresso concluiu que bancada ruralista quer mudar estrutura das leis que protegem nascentes, rios e florestas

Em represália à aprovação do fim das Áreas de Preservação Permanente (APPs) nos rios intermitentes, o Governo decidiu na noite de ontem interromper o diálogo com a bancada ruralista e não mais votar por agora a medida provisória que altera o Código Florestal. O presidente da comissão do Congresso que examina a medida provisória, deputado Bohn Gass (RS), que é do PT, foi orientado a suspender a sessão que estava marcada para a manhã de hoje.

Bohn Gass enviou, ontem mesmo, a todos os senadores e deputados da comissão um comunicado segundo o qual não haveria mais nenhuma sessão da comissão especial no momento. A decisão do governo ocorreu depois de uma reunião de emergência no Palácio do Planalto entre os ministros Ideli Salvatti (Relações Institucionais), Izabella Teixeira (Meio Ambiente) e Pepe Vargas (Desenvolvimento Agrário), os senadores Jorge Viana (PT-AC), José Pimentel (PT-CE) e Luiz Henrique (PMDB-SC) com o presidente da comissão.

Leis ambientais

Os participantes da reunião concluíram que a bancada ruralista não se limitou apenas a tentar fazer mudanças na medida provisória que altera o Código Florestal, e sim em toda a estrutura das leis ambientais que protegem nascentes, rios e florestas. Desse modo, a comissão do Congresso entendeu que seria mais interessante interromper qualquer votação.

O deputado Bohn Gass disse que tentará convocar uma reunião para o dia 28 deste mês. Ele acha que até lá os parlamentares poderão buscar novos entendimentos e impedir a aprovação de emendas como a que retirou a proteção aos rios intermitentes. A sessão de ontem foi interrompida no momento em que a bancada ruralista tentava acabar com a obrigatoriedade de proteção às margens das veredas. (Agência Estado)

Saiba o que significa a proteção dos rios itermitentes

“As faixas de vegetação protetora foram diminuídas para todos os rios brasileiros com o novo Código Florestal. Agora, cursos d´água intermitentes e espécies que são ainda mais frágeis e que dependem desse ciclo de secas e chuvas, ficarão totalmente desprotegidos”, ressaltou Kenzo Jucá Ferreira, especialistas em Políticas Públicas do WWF-Brasil.

“A destruição de áreas úmidas importantes ao longo de riachos, rios e em áreas interfluviais pode levar à perda de serviços ambientais fundamentais para a nação, sob o ponto de vista ecológico, econômico, e social, incluindo a destruição de uma numerosa e única biodiversidade.
Grande parte das áreas úmidas brasileiras, devido ao regime de chuvas sazonal, é submetida a níveis de água variáveis, resultando em sistemas pulsantes com períodos de seca e cheia bastante pronunciados. Inundações periódicas ocorrem ao longo de pequenos rios em muitos pulsos imprevisíveis e de curta duração, variando de acordo com eventos de chuvas e secas locais.

Na velha e na nova versão proposta para o Código Florestal, as áreas úmidas não são especificamente mencionadas. Mas o Código em vigor protege faixas de floresta ao longo dos córregos e rios de acordo com a largura do rio, sendo considerado o nível mais alto, isto é, o nível alcançado por ocasião da cheia sazonal do curso d’água perene ou intermitente como definido pela resolução CONAMA de 2002. Esta formulação dá proteção à orla das áreas úmidas, assegurando sua integridade. O novo Código Florestal considera Área de Preservação Permanente (APP) desde a borda da calha do leito regular, sendo esta definida na proposta como: a calha por onde correm regularmente as águas do curso d’água durante o ano. Esta proposição deixaria a maioria das áreas úmidas sem proteção legal, impactando negativamente os serviços proporcionados aos seres humanos e ao meio ambiente.”(OEco)


Fontes: http://www.opovo.com.br/app/opovo/radar/2012/08/09/noticiasjornalradar,2895845/governo-interrompe-dialogo-com-ruralistas.shtml
http://tudoeespanto.blogspot.com.br/
http://www.oeco.com.br/convidados-lista/25724-novo-codigo-florestal-expoe-areas-umidas-como-pantanal

Foto: http://www.pictures.org.es/brazil/city.php?Bonito&id=497

sexta-feira

Facebook prioriza energia sem emissões para cumprir meta em 2015

Facebook prioriza energia sem emissões para cumprir meta em 2015

O Facebook pode posicionar um número crescente de suas centrais de processamento de dados em locais que tenham acesso fácil a fontes renováveis de energia. A meta é obter um quarto da eletricidade consumida de fontes que não geram emissões de carbono até 2015, anunciou a maior companhia mundial de redes sociais na quarta-feira (1º).
Os comentários do Facebook sobre suas emissões de carbono, postados no site da empresa, surgem em meio a apelos de grupos ecológicos para que os setores de tecnologia e mídia social reduzam o consumo de eletricidade gerada com o uso de carvão, enquanto dispara a demanda mundial por dados online.
“Estipulamos uma meta para a companhia de obter pelo menos 25% da energia que consumimos de fontes renováveis, até 2015. Sabemos que será difícil para nós, e estamos tentando descobrir exatamente como chegaremos lá”, a companhia afirmou.
O Facebook acrescentou que daria preferência a locais dotados de acesso a energia limpa e renovável, ao decidir onde posicionar suas centrais de processamento de dados, que consomem muita energia.
O Facebook informou que em 2014 colocará em operação uma central de processamento de dados construída perto do Círculo Ártico, na Suécia, que utilizará 120 megawatts de energia hidrelétrica. A central utilizará um sistema de refrigeração que aproveitará o ar frio da região e o canalizará para seus servidores.
Mas a companhia admitiu que, até lá, “nosso mix de energia e nossa geração de carbono podem piorar, antes que comecem a melhorar”.
A parcela da energia renovável no consumo do Facebook deve cair nos dois próximos anos devido a projeções de uma alta na demanda por eletricidade nas duas centrais atuais de processamento de dados do grupo, em Prineville, Oregon e Forest City, Carolina do Norte, áreas nas quais a geração de eletricidade é dominada por usinas acionadas a carvão.
A companhia de mídia social, que tem 950 milhões de usuários em todo o mundo, informou que 23% da eletricidade que consome vieram de fontes renováveis no ano passado; 27% de usinas acionadas a carvão; 17% de usinas acionadas por gás natural; e 13% de usinas nucleares.
O Facebook acrescentou que os 20% restantes eram “indiferenciáveis”, o que significa que usou eletricidade adquirida de companhias de energia que recorrem a fontes múltiplas no mercado aberto. 


(Fonte: G1)

Desmatamento na Amazônia cai 23% em 12 meses

Desmatamento na Amazônia cai 23% em 12 meses

O desmatamento na Amazônia caiu 23% entre agosto de 2011 e julho de 2012 na comparação com os 12 meses anteriores. Os dados divulgados na quinta-feira (2) pelo Ministério do Meio Ambiente apontam que 2,04 mil quilômetros quadrados foram desmatados nos últimos 12 meses. Com isso, quase 700 quilômetros quadrados foram poupados na comparação entre os períodos avaliados.
O Sistema de Monitoramento em Tempo Real (Deter), coordenado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), mostrou que, com exceção de Roraima, todos os estados da região mantiveram ou reduziram a taxa de desmatamento local. O Maranhão foi o estado que registrou a maior queda de desmatamento (67%), seguido pelo Amazonas com 45% menos áreas devastadas e pelo Acre e pelo Pará, onde a derrubada de árvores reduziu em 42% em cada estado.
Para a ministra Izabella Teixeira, os números mostram “o resultado da robustez nas políticas e estratégias de monitoramento”. No ano passado, o Pará foi responsável por quase 47% do desmatamento.
O Deter revelou que o desmatamento da região amazônica aumentou apenas em Roraima, com acréscimo de 218% no período 2011/2012. O estado contabilizou 56 mil quilômetros quadrados de áreas devastadas, enquanto entre agosto de 2010 e julho de 2011, a área desmatada somava 18 mil quilômetros quadrados.
“Roraima tinha números absolutos com explosão do desmatamento. O estado agora está indicando tendência de queda”, avaliou Izabella Teixeira. Apesar do otimismo, a ministra explicou que os dados do Deter indicam apenas uma tendência. “Não podemos afirmar que vai reduzir o desmatamento, mas é um indicativo”, disse ela, acrescentando que, ainda assim, os números apontam “redução expressiva e sinalizam um caminho de perspectiva e ainda com baixíssima cobertura de nuvens.”
Em 2011, nuvens cobriram parte significativa das imagens captadas pelos satélites, o que comprometeu o resultado do monitoramento do desmatamento em Mato Grosso, no mês de junho. Este ano, as nuvens encobriram apenas 16% das imagens captadas pelo satélite no mesmo mês.
Outro desafio do monitoramento é a mudança no perfil do desmatamento na região. O crime ambiental na Amazônia que tinha como característica a devastação de grandes áreas, passou a ser feito em pequenas áreas, inferiores a 25 hectares. A modalidade definida pela ministra Izabella Teixeira como “desmatamento puxadinho”, que domina há três anos as práticas criminosas na Amazônia, tem exigido melhorias tecnológicas que o atual satélite não tem capacidade de captar as imagens com resolução ideal.
“Viremos com nova tecnologia para captar esse novo perfil [de desmatamento]. Esta nova tecnologia vai informar antes do crime. A gente vai colocar um óculos no Deter”, disse a ministra.
Em dezembro deste ano, o Inpe vai lançar o novo satélite Cbers 3, como resultado de uma cooperação com a China. A expectativa é que o satélite entre em operação em janeiro de 2013. “ Com isso, poderemos contar com informação em muito mais alta resolução espacial. Vamos ter um monitoramento constante e semanal, podendo detectar pequenos desmatamentos de vários hectares”, explicou Carlos Nobre, secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do Ministério da Ciência, Tecnologia e Informação.
Nobre admitiu que, os atuais dados, ainda “não são uma boa métrica do desmatamento anual como todo, mas eles indicam tendência de queda.” (Fonte: Carolina Gonçalves/ Agência Brasil).

Fonte: Clipping e tags ,

terça-feira

Biodiesel vs. Petróleo: impacto ambiental

Biodiesel vs. petróleo: impacto ambiental

Edição de Fev / Mar de 2011
Núria Saldanha, de São Paulo

Quando se fala em substituir combustível mineral por produtos orgânicos e renováveis, a principal vantagem apontada pelos especialistas está na redução significativa nas emissões de gases causadores do efeito estufa. Como as plantas coletam gás carbônico ao se desenvolver, o uso delas como matéria-prima para a produção de combustíveis encerra o que os especialistas gostam de chamar de “ciclo virtuoso”.

No entanto, já se sabe que o resultado da conta entre o que as plantas capturam da atmosfera e o que o biocombustível devolve não é zero. O uso de outros insumos e o gasto de combustível (principalmente fóssil) no transporte da produção contribuem para que existam, sim, emissões de gases poluidores em quantidade superior ao absorvido pela planta com o uso de biodiesel, etanol e outros combustíveis alternativos.

Mas se é para colocar tudo no papel, na ponta do lápis, como ficam os outros danos ambientais causados pelos combustíveis derivados de petróleo? “O principal risco ambiental da cadeia produtiva do petróleo é de vazamentos ou derrames”, aponta a coordenadora de meio ambiente da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Lúcia Gaudêncio. As cenas de vazamentos são familiares para muita gente: praias negras, pedras e animais cobertos de petróleo, devastação da flora local, prejuízos milionários.

Mas e o biodiesel? Acidentes na produção desse combustível acontecem (veja box) e são tratados pela legislação brasileira como crimes ambientais, assim como casos envolvendo a indústria do petróleo. A comparação entre os danos causados, no entanto, parece colocar o petróleo em desvantagem, uma vez que se trata de uma indústria muito maior e de um produto muito mais perigoso para a natureza.

O número de acidentes envolvendo petróleo no mundo é extenso e os prejuízos são de difícil mensuração. O último grande acidente aconteceu em abril de 2010: a explosão da plataforma Deepwater Horizon, da British Petroleum (BP). Ao longo de 86 dias, o mundo acompanhou de perto o desastre que provocou a morte de onze trabalhadores e o vazamento de um total de 4,9 milhões de barris de petróleo no Golfo do México. Foi o maior vazamento da história dos Estados Unidos e causou graves danos econômicos e ambientais. O acidente afetou setores como o de pesca, turismo, alimentação e o imobiliário dos Estados atingidos, além de oito parques norte-americanos e quase 16 mil espécies de aves e de animais.

Oito meses depois do acidente envolvendo a BP, o governo de Barack Obama abriu um processo judicial contra a companhia, no qual a acusa de ter violado a Lei da Água Limpa e a Lei da Poluição por Óleo, mas não especifica o valor das indenizações a serem pagas pela empresa. Se ficar provado que houve negligência, a multa pode chegar a até US$ 4.300 dólares por barril derramado, totalizando US$ 21 bilhões. Caso não seja provada a tese de negligência, a multa seria de US$ 1.100 por barril, 5,4 bilhões de dólares no total.

Se o acidente da BP ocorresse no Brasil, o valor poderia se aproximar do teto de R$ 50 milhões, considerando as consequências ambientais e a extensão de potenciais impactos negativos ao meio, informa o Departamento de Meio Ambiente e Sustentabilidade da Felsberg e Associados. Punição bem distante dos bilhões de dólares que devem ser aplicados pelos órgãos de proteção ao meio ambiente nos Estados Unidos. Quanto ao valor envolvido na remediação dos estragos, é difícil prever em virtude da complexidade de valoração dos bens ambientais.

No Brasil, a lei federal nº 9.966 de 28 de abril de 2000, que dispõe sobre a prevenção, o controle e a fiscalização da poluição causada por lançamento de óleo e outras substâncias nocivas ou perigosas em águas sob jurisdição nacional, estabelece as multas entre o mínimo de R$ 7.000 e o máximo de R$ 50 milhões. De acordo com Fabricio Dorado Soler e Fernanda Vianna Stefanelo, do Departamento de Meio Ambiente e Sustentabilidade da Felsberg e Associados, é importante ressaltar que a aplicação desta multa não isenta o poluidor da responsabilidade civil pelas perdas e danos causados ao meio ambiente e ao patrimônio público e privado, além de outras sanções administrativas e penais previstas na Lei de Crimes Ambientais (lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998) ou em outras normas específicas. A Lei de Crimes Ambientais prevê multas que variam entre R$ 50 e R$ 50 milhões, que podem ser duplicadas ou triplicadas no caso de reincidência.


Fonte: http://www.biodieselbr.com/revista/021/meio-ambiente-1.htm

Mexa - Se

Implante a Coleta Seletiva no seu bairro Um programa de coleta seletiva não é tarefa difícil de se realizar, porém é trabalhosa, exige dedicação e empenho. Engloba três etapas: PLANEJAMENTO, IMPLANTAÇÃO e MANUTENÇÃO, todas com muitos detalhes importantes.

O primeiro passo para a realização do programa é verificar a existência de pessoas interessadas em fazer esse trabalho. Uma pessoa sozinha não conseguiria arcar com tudo por muito tempo, e uma das principais razões para o sucesso de programas desse tipo é o envolvimento das pessoas. Identificados alguns interessados, o próximo movimento é reuni-los em um grupo, que será o responsável pelas três etapas.

É importante, desde o início e durante o processo, informar as pessoas da comunidade envolvida sobre os passos que serão dados e sempre convidá-las para participar, utilizando-se das formas costumeiras de organização e comunicação daquele local (reuniões de professores, da APM, de condôminos, de SABs, etc.).

O QUE É COLETA SELETIVA?
É um sistema de recolhimento de materiais recicláveis: papéis, plásticos, vidros, metais, óleos residuais e materiais orgânicos, previamente separados na fonte geradora e que podem ser reutilizados ou reciclados. A coleta seletiva funciona, também, como um processo de educação ambiental na medida em que sensibiliza a comunidade sobre os problemas do desperdício de recursos naturais e da poluição causada pelo lixo.

O QUE É A RECICLAGEM?
É o processo de transformação de um material, cuja primeira utilidade terminou, em outro produto. Por exemplo: transformar o plástico da garrafa PET em cerdas de vassoura ou fibras para moletom. A reciclagem gera economia de matérias-primas, água e energia, é menos poluente e alivia os aterros sanitários, cuja vida útil é aumentada, poupando espaços preciosos da cidade que poderiam ser usados para outros fins como parques, casas, hospitais, etc.

Montando a parte operacional do projeto Com todos os dados obtidos até esse ponto (as quantidades geradas de lixo por tipo de material, as possibilidades de estocagem no local, os recursos humanos existentes, etc.), está na hora de começar a planejar como será todo o esquema.
Agora deve-se decidir:
se a coleta será de todos os materiais ou só dos mais fáceis de serem comercializados;
se a armazenagem dos recicláveis será em um lugar só ou com pontos intermediários;
quem fará a coleta;
onde será estocado o material;
para quem será doado e/ou vendido o material;
como será o caminho dos recicláveis, desde o local onde é gerado até o local da estocagem;
como será o recolhimento dos materiais, inclusive freqüência.
Educação ambiental
Esta parte é fundamental para o programa dar certo: integra todas as atividades de informação, sensibilização e mobilização de todos os envolvidos.
O primeiro passo consiste em listar os diferentes segmentos envolvidos. Ex: 1. Nas escolas: todos os alunos, professores, funcionários da área administrativa e da limpeza e pais devem participar. 2. Em um condomínio: moradores (jovens, crianças, adultos), funcionários da limpeza e empregadas domésticas.
O segundo passo é pensar que tipo de informação cada segmento deve receber.
O terceiro passo é: pensando em cada segmento e nas informações que se quer passar, PLANEJAR quais atividades propor para cada segmento, visando atingir com mais sucesso o objetivo. Entre as atividades usadas, sugerimos: cartazes, palestras, folhetos, reuniões, gincanas, festas, etc. Realizar uma variedade grande de atividades sempre é melhor, pois atinge mais pessoas e alguns sites pernitentes à questão.

Associações de cada segmento para enriquecer sua pesquisa ou projeto:


  • Associação Brasileira das Industrias de Vidro:
www.abividro.org.br
  • Associação Brasileira de Celulose e Papel:
www.bracelpa.org.br
  • Associação Brasileira da Industrias de Plástico:
www.abiplast.org.br
  • Associação Brasileira de Embalagem de Aço:
www.abeaco.org.br
  • Associação Brasileira do Alumínio:
www.abal.org.br
  • Associação Brasileira da Industrias de Pneumáticoo:
www.anip.org.br
  • Associação Brasileira das Industrias Recicladoras de Papel:
www.abirp.org.br
 
               
Fonte: ecoleo.org.br

segunda-feira

Contrariando a indústria, órgão ambiental dos EUA limitará emissão de CO2

A indústria dos Estados Unidos terá que reduzir consideravelmente as emissões nocivas de dióxido de carbono (CO2) e a quantidade será regulada pela Agência de Proteção Ambiental (EPA). 

Um tribunal federal de apelações do país confirmou o direito do órgão regulador do meio ambiente em listar as restrições no país. Em contrapartida, as indústrias de carvão, petróleo e aço se reuniram e formaram a "Coalizão por uma Regulação Responsável".  Através deste grupo, as indústrias apresentaram diversas demandas, que foram rejeitadas pelo tribunal.

As novas regulamentações para o controle das emissões de gases causadores do efeito estufa estão sendo criticados sob a alegação de que isto pode reduzir a atividade empresarial e afetar a recuperação econômica.

Outra apelação diz respeito à veracidade do fato do CO2 colocar em risco a saúde e o bem-estar da população. Alguns criticam dizendo que a EPA precisaria de mais rigor científico para fazer tais afirmações. Os argumentos, obviamente, foram rejeitados pelo tribunal de apelações.

A primeira série de normas do governo Obama sobre veículos não contaminantes e à economia de combustível também foi confirmada. A EPA ainda poderá desenvolver normas que reduzam a contaminação de veículos novos e que duplique a eficiência do combustível até 2025.

Ambientalistas elogiaram a decisão unânime da Corte de Apelações dos Estados Unidos como uma vitória para a ciência. "O tribunal confirmou a determinação cuidadosa da agência, baseada em uma montanha de evidências científicas, de que o dióxido de carbono e outros gases contaminantes ameaçam nossa saúde e nosso planeta", disse David Doniger, da organização Natural Resources Defense Council (NRDC).



Fonte: Redação CicloVivo e G1